Você pode trabalhar para viver, e viver para trabalhar, como um robô...dormir e levantar cedo para fazer as mesmas tarefas sempre e ganhar uns trocados por isso
(como a maioria das pessoas o fazem),
ter um relacionamento, uma vez ou outra dormir com seu(ou sua) parceiro(a), dependendo até constituir uma família
(como a maioria das pessoas o fazem),
ir a uma igreja, ou um templo aos domingos e feriados, as vezes conseguir algum cargo por lá, ou ainda ser tratado como um exemplo
(como a maioria das pessoas o fazem),
ir a umas baladas, festas e shows, pular como louco por lá e dar umas boas gargalhadas
(como a maioria das pessoas o fazem),
ou ainda ficar em casa, ler algum livro, ou ver algum filme ou série com a família
(como a maioria das pessoas o fazem),
Mas...E o que fica?
Digo...você nasce, vive e depois morre, mas de lembrança de você, de algo que mantenha a sua essência de forma eterna neste mundo, algo que o faça "viver para sempre"...NÃO EXISTE.
Sua vida, seja bela, seja uma merda, acaba e depois disso vem o nada. Vem aquilo que foge a nossa compreensão.
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Vem o "nada eterno".
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Você pode alegar mil e um motivos, sejam religiosos ou não...mas no fundo...você e o travesseiro sabem que o futuro é desconhecido, e por isso desconcertante.
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Os gregos enfrentavam, ou tentavam enfrentar isso, criando esculturas espetaculares.
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Os romanos, contavam histórias dos seus antepassados no jantar.
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Durante o Renascimento, pinturas que representavam pessoas e afazeres abundavam.
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Mas no fim, tudo acaba.
Tudo desaparece.
Incluindo a mim, incluindo a você.
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Você pode viver como a maioria das pessoas fazem, ou pode tentar fazer algo que mantenha ao menos parte da sua essência neste mundo, mas no fundo..servirá mesmo de alguma coisa?
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Pessoalmente, eu tenho medo do "grande, absoluto, desconhecido, nada, não-existência, da não-criação", ou chame como quiser. Tenho muito medo mesmo...na verdade "Medo" é uma palavra bonita...o que tenho mesmo é desespero.
Desespero de que tudo o que sou, fui e ainda serei, seja desperdiçado na marcha interminável dos tempos.
Um desespero de que tudo o que foi construído, não permaneça, de que todo trabalho, de que todos os sentimentos, histórias, vidas, alegrias e tristezas...tudo seja perdido.
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Por isso, a dúvida que me assola, eu faço a vocês, em busca de uma resposta, ou de ao menos uma luz:
"O que você tem feito da sua vida? Você anda vivendo como a maioria das pessoas o fazem também?"
#CC